segunda-feira, 4 de maio de 2009

Onde recarrego as baterias
































Sempre que posso vou a Franca andar a toa com a noiva. Gosto da atmosfera da cidade. Quando estudei lá entre 2000 e 2001, tive boas horas tanto na sala de aula quanto fora dela. É a cidade em que em sonho morar. É lá que gastarei meu futuro prêmio da Mega Sena. Tem de tudo um pouco e não existe a loucura de uma cidade grandona nem a mesmice da cidade pequena.
Mas lá já foi meu lugar preferido para passar momentos de folga. Agora eu gosto de ir para uma fazenda a 40 km de Delfinópolis-MG onde o irmão da noiva toca sua existência. Lá é um lugar duríssimo para chegar: fico assustado, mesmo acostumado que sou a dirigir até caminhão por terrenos acidentados dos18 aos 22 anos. Mas há uma serra terrível a subir, com muitos buracos, um desfiladeiro ao lado e onde às vezes é necessário que os outros ocupantes desçam do carro para que eu passe por alguns obstáculos.
A recompensa começa pela vista antes mesmo de iniciar a subida. Lugar extremamente alto, mas com uma vegetação fechada, nativa mesmo. Ao meio, rasgando o verde, está à barragem da usina hidroelétrica de Peixoto, pouco antes de se alcançar o pé da "serrinha". Quanto termina-se a subida de cerca de 1 hora, pode-se ver a represa da tal barragem em cima da montanha, o que é impressionante já que lá de baixo se imagina que o morro não é a “mesa” que é no seu cume. E é naquela “mesa” que meu cunhado trabalha e toca a vida, com estresse perto de zero e um amanhecer e cair da noite de dar inveja a qualquer lugar deste país.
É uma região lindíssima para quem gosta de ar fresco e natureza. As fazendas parecem àquelas pintadas nos quadros, daquele tipo que a gente olha e tem vontade de morar naquela casinha desenhada na beira do rio... O caminho é uma maravilha a partir do momento em que se entra na Cândido Portinari e ruma-se como se fosse para Rifaina. Entra-se no trevo que segue para a usina Peixoto e ai a paz já começa...
Eu não sou um cara chegado em roça e não conseguiria viver lá muito tempo. Gosto de modernices desnecessárias como tocar um blog. Mas reconheço que me refaço quando vou para lá. Volto imundo em poeira, mas com a alma transparente para um pós-feriadão de ansiedades e esperanças que patrocinam minha futura úlcera de estômago.

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