domingo, 17 de maio de 2009

Panelismo X Profissionalismo


Profissionalismo. Palavrinha muito dita por ai não é mesmo?
Todo mundo alguma vez já disse presa-la em alguma entrevista de emprego para impressionar o entrevistador e conseguir a vaga. Mas poucos no dia a dia podem ser chamados de profissionais porque privilegiam mais a chamada “organização informal” - que da origem as famigeradas panelinhas - do que o trabalho que os remunera.
As panelinhas sempre têm um líder e este líder não precisa ser necessariamente um chefe formal. Dureza é quando uma panelinha tem um chefe formal, mas ele não é o líder da panela. Fraqueza muita de quem tem orientação direta do patrão, mas se submete aos caprichos de gente que tem objetivos secundários e até contraditórios em relação aqueles da empresa.
As panelas começam quando um erro individual é encoberto pelo resto da equipe. Naquele momento mágico todos automaticamente prendem seu rabinho na gavetinha sendo que uns prendem porque erraram e outros porque sabem que houve erro e silenciaram quando a coisa fedeu.
Não faço campanha pela caça as bruxas. De maneira alguma. Erros acontecem, eu os cometo aos caminhões, mas costumo baixar a cabeça e reconhecê-los, por mais que doa a meu ego inflado e sensível como um balão de festa. Mas ainda fico impressionado como a panelinha leva para o ambiente de trabalho, assuntos alheios a ele, desviando seu foco e cometendo ainda mais equívocos que precisam ser enterrados a todo o momento em covas rasas para manutenção do bem estar e conforto da própria panela. Assuntos como a vida sexual de terceiros, aperto financeiros de beltranos, doenças de não sei quem, chifre do outro lá, o que se compartilhará no café da manhã... Coisas extremamente desnecessárias em um ambiente que exige precisão cirúrgica e pensamento voltado ao que importa.
Claro que brincadeira e papinhos paralelos são necessários, porque não somos maquinas. Mas eles precisam ser breves e não podem se converter em ganchos para outros assuntos. O profissional precisa enxergar por si só o que é importante e ter um grau de exigência acerca de suas atividades e dimensionar o que seus erros podem causar ao resultado desejado.
Quem esta de fora da panelinha fica desmotivado e revoltado. Seu desempenho também cai porque sente que num barco com 10 pessoas, poucos remam ao contrário do abismo. Lideres tem de identificar essas uniões e verificar o quanto elas prejudicam a Organização.
Por essas e outras que meus melhores amigos não trabalham comigo e, os que trabalham, são tratados com imparcialidade, colocando acima de tudo os interesses de quem banca as nossas necessidades e futilidades fora do trabalho.

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