sexta-feira, 10 de abril de 2009

A TV em pânico


Tem coisas que eu agüento na TV , outras eu odeio, outras eu ignoro. Mas tem coisas que eu adoro também.
Entre elas esta o Pânico na TV. Aquilo é o máximo.
Lembro do Pânico na Joven Pan que chegava até aqui via Uberaba. Isso em 1993 mais ou menos. Hoje só ouço via Internet.
Era muito legal, uma novidade a agressividade do Emilio, Bola e Cia. Com os ouvintes. Hilário demais. Muito diferente do que tinha nas rádios da região naquela época.
Depois a retransmissora de Uberaba foi para as mãos dos pastores e ai adeus qualidade. Perdi contato com o Pânico até que eles começaram a aparecer na Rede TV e a Rede TV a aparecer por aqui. Me roubaram fácil do Fantástico, das mesas redondas de futebol, das ruas, lanches e sorvetes de domingo a noite.
Mas o que houve comigo? Minha cabeça retrocedeu a época dos 15 anos de idade?
Não mesmo. Eles é que se adaptaram aos novos e caóticos tempos de internet, celebridades instantâneas, a vida real nua e crua. O que eles fazem no rádio e na TV manteve a essência de 16 anos atrás, mas com ingredientes novos que levam a ironia como carro chefe, desafiando o estado de coisas, escancarando nossa podridão como sociedade, colocando gente pretenciosa em seu devido lugar e fazendo chacota de toda essa nossa vidinha de plástico. Exageram muitas vezes, fazem algumas inutilidades... Mas no geral, mudaram a cultura televisiva ao desmistificarem “ídolos” globais/não globais, escancararem os bastidores e satirizarem os próprios paparazzi ao imitá-los de maneira tão espalhafatosa.
Duvido muito que com o Pânico na TV por perto, a Globo manipulará um debate pré eleição como fez em 1989, ao favorecer Collor e arrebentar com Lula da Silva...
Como diria Emilio Surita: “Sensacional!”

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