sábado, 18 de abril de 2009

A arrogância dos micróbios


Algumas pessoas que vejo por ai sofrem do que eu chamo de “Síndrome do degrau da Gilette”. Alergia ao fazer a barba? Não, não é. Antes fosse...
Essa síndrome contamina quem deu um pequeno passo na vida e não tem estofo mental e emocional para manter uma postura de respeito pelos outros. A esse respeito, gosto de chamar de humildade. Acredito que isso se aprende em casa ou se aprende com os sábios. Não chamo de humildade se colocar em posição de ser humilhado. Isso nunca é bom.
Não sou lá, profissionalmente, um exemplo. Exagero por algumas vezes quando é necessário impor uma idéia ou uma condição. Se eu perco é porque estava errado mesmo. Quando vale grana infelizmente você tem de ser agressivo. Eu era muito pacifista, era contra conflitos quando era mais novo. A Administração me mostrou que conflitos são necessários e na pratica do dia a dia tive certeza. Agora vejo que sem conflitos as coisas não andam. Justifico assim minha postura.
Mas vejo situações incríveis de gente que esta começando agora ou que pior, não sabe nem se começou algo. Gente que por ter melhorado um milímetro ou por ter certo ibope com o sexo oposto, passa a destratar os que ficaram um pouco para traz, os feios, os maus vestidos. Isso é nojento. É infantil. Coisa de alpinista social. Coisa de pobre de direita. Esse tipo de comportamento condiz com quem acha que já chegou no teto de sua capacidade. Como seu horizonte é limitado...
Em cidade pequena parece que as coisas são piores. Aqui é época de festa do peão. Tempo de empréstimos em ebulição para não fazer feio aos outros. Tempo da arrogância de quem cumprimenta todos os dias e no meio daquele inferno de poeira e musica brega, pisa no pé e não diz nem oi. Dos meus amigos, Gustavo, Bambam, Suzy e Antonio Junior ganhei calorosos abraços. Me dou por satisfeito. Sei que convivo com pessoas extraordinárias o tempo todo pelo que sou e pelo que elas são. Com outros sou apenas educado.
Para aqueles que já exclui do Orkut , um abraço e boa sorte.

Nenhum comentário: